A expressão “Lifelong learning” refere-se a um conceito de educação e de aprendizagem contínua que, traduzida do inglês significa “aprendizado ao longo da vida”. Traz a ideia de que o estudo, assim como aprender coisas novas, deve ser para sempre.
Mas o que este conceito tem a ver com carreira e transformação do mercado de trabalho?
Todos os dias, o mercado de trabalho passa por algumas transformações. Assim como a sociedade de uma forma geral e o mundo corporativo como um todo.
Existem diversas explicações para tantas mudanças e de maneira tão rápida: pandemia, inteligência artificial, saturação do mercado, dentre outras, mas não importa o motivo, a questão é como os profissionais e empresas estão lindando com isso.
Então, respondendo a pergunta feita acima, quem não estiver preparado para um aprendizado ao longo da vida não está preparado para o novo mercado de trabalho.
O modelo tradicional de trabalho que conhecemos hoje, aquele que você é contratato por uma empresa pelo regime CLT e precisa estar na empresa das 8h/9h às 17h/18h já não funciona tão bem mais.
A grande maioria das pessoas não aceita mais esta realidade, procuram mais flexibilidade. É comum, nos dias de hoje, deparar-se com um profissional que presta serviço para 4 empresas diferentes e faz tudo o que precisa da sua casa, muitas vezes do seu próprio celular.
Não faz mais sentido lutar contra isso.
E o que se verifica é uma relutância, principalmente das empresas, em aceitar esta nova realidade. Querem manter o um modelo que já não se aplica mais.
Pensando nesse período de mudanças e incertezas, enquanto pesquisava sobre o tema, me deparei com o texto: “12 certezas sobre o futuro” e vale a leitura:
- A aposentadoria está mais distante e será menos comum entre os trabalhadores.
- As habilidades comportamentais serão indispensáveis para progredir na carreira e aumentar a remuneração.
- O trabalho será marcado pela cooperação direta entre humanos e máquinas.
- Os profissionais vão preferir trabalhar mais tempo remotamente a estar no escritório.
- O modelo de “trabalhar de qualquer localidade” terá relevância no aceite de uma proposta de trabalho.
- O engajamento dos profissionais será o maior desafio das empresas.
- Os trabalhadores irão valorizar cada vez mais a saúde mental e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
- Os trabalhos e as tarefas rotineiras serão automatizados.
- Trabalhos humanos intensivos que exigem criatividade e inovação serão altamente valorizados e bem remunerados.
- Haverá grandes mudanças nas relações de trabalho contratuais com alto uso e valorização de acordos temporários e flexíveis.
- As inovações tecnológicas exigirão uma constante requalificação da força de trabalho.
- Os profissionais estarão constantemente aprendendo e desenvolvendo novas habilidades, em vez de se preocupar com novos diplomas.
Claro que é dificil afirmar o que acontecerá no futuro, mas cientes do que já está acontecendo, parece bastante plausível que, pelo menos, algumas dessas “certezas” sejam a realidade.
De acordo com o relatório divulgado pela “The Future of Jobs”, elaborado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial, até um quarto dos empregos atuais devem se transformar nos próximos cinco anos, com 69 milhões de novos postos criados e 83 milhoes eliminados.
Então, se você está pensando que pode deixar este assunto para depois: REPENSE!
Mas, quais serão as profissões do futuro?
Considerando o rápido avanço da inteligência artificial, a “adoção de novas e avançadas tecnologias” apareceu no topo da lista do relatório divulgado. Depois, a pesquisa aponta profissões que visam sustentabilidade, com aplicação de padrões ambientais e sociais.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) também apontou que a consolidação da economia verde tem potencial para gerar um saldo positivo de 15 milhões de empregos na América Latina até 2030.
Ocorre que apesar de não parecer, necessariamente, uma considerável mudança, a grande maioria dos trabalhadores precisará investir em treinamento adequado, com requalificação e aprimoramento de suas habilidades.
Um fato curioso é que em razão da evolução científica e tecnológica, cerca de 70% das crianças de hoje trabalharão em profissões que ainda não existem concretamente.
É certo que as empresas continuarão precisando de profissionais que saibam se comunicar, colaborar, lidar com problemas e agir com resiliência e diplomacia. Isso significa que as habilidades comportamentais seguem importantes para o futuro do trabalho.
E, neste mesmo sentido, manter-se em constante aprendizado e aprimoramento de suas habilidades farão com que você já esteja um passo à frente.
Isto porque, pior do que não ter uma oportunidade de trabalho é não estar preparado para quando ela aparecer.
Você está preparado?
Ligia Bueno/GoFlow
